terça-feira, 4 de maio de 2010

Um corpo nu


Olho-me ao espelho e penso, "que corpo é este??" um corpo nu, diante do espelho. Algo extraordinário, causa desejo, sede, uma profusão de coisas boas, o toque, um misto de coisas eróticas.
Pensá-mos, faze-mos.
Despimo-nos diante da janela, sem intenção de alguém o ver. Aquela paisagem lá fora despida, tal como o corpo. Há uma sintonia entre o corpo nu e a imagem despida, tal como umas pautas, com as notas desenhadas, há uma sinfonia, há algo para lá daquele corpo, para lá daquele monte de linhas com pintinhas pretas desenhadas.
E o que haverá para lá disto? Para uns nada, para outros uma ligação, uma força vinda sabe-se lá de onde, sabe-se lá porquê, sabe-se lá como que os puxa contra o corpo e daí, nasce o desejo, o prazer, a procriação, o nascimento, a criação de um novo ser, que mais tarde irá ter o mesmo desejo por um corpo nu, tal como um maestro pela sua banda.

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